AMIB e bioMérieux divulgam estudo sobre resistência bacteriana nas UTIs

17 Novembro, 2015

AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira acaba de divulgar os resultados do estudo-piloto “Vigilância epidemiológica do perfil de resistência bacteriana nas UTIs do Brasil”, desenvolvido em parceria com a bioMérieux.

Os dados foram explicados durante o evento nacional da entidade, CBMI – Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, ocorrido na Costa do Sauípe (BA), pelo médico intensivista Dr. Thiago Lisboa (RS), coordenador da Campanha Prevenção da Infecção na UTI, lançada pela AMIB em abril desse ano.

O estudo fez parte das atividades da Campanha e contou com a participação de dez unidades de terapia intensiva brasileiras. Com foco em hemoculturas, as coletas foram realizadas de julho de 2014 a agosto de 2015 e analisadas por um software (WHONET), com os critérios de interpretação CLSI M100-S25/2015.

“Os dados permitirão a construção de uma rede de vigilância epidemiológica por meio da extração e processamento para a geração de relatórios anuais e benchmarking entre as unidades participantes”, diz.

Um dos objetivos do mapeamento é descrever a distribuição de microbiologia e de patógenos resistentes a múltiplas drogas no Brasil no cenário de cuidados intensivos. Estima-se que de 500 mil a um milhão de mortes ocorram no mundo devido à resistência antimicrobiana. Um fato alarmante é o crescimento na última década do consumo global de antibióticos em ambiente hospitalar, que bateu a casa dos 40%. Estudos estatísticos revelam que se nenhuma mudança ocorrer, em 2050, o mundo registrará cerca de 10 milhões de mortes associadas à resistência a antibióticos e a antimicrobianos, superando a morte por câncer, por exemplo.

“O uso racional desses medicamentos na UTI, restringindo-se espectro e duração minimamente necessários, é a melhor maneira de combater a emergência de resistência no ambiente hospitalar e, principalmente, nas unidades de terapia intensiva. Para tal, é importante conhecermos as taxas de referência de resistência bacteriana em relação às diferentes drogas para que possamos avaliar o impacto das medidas potenciais e desenvolvermos campanhas de prevenção”, reforça Dr. Thiago Lisboa.

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