Campylobacter na indústria de aves é tema de evento técnico em Chapecó (SC)

O controle da presença de patógenos em alimentos segue sendo uma preocupação das indústrias do setor alimentício. Dentre esses patógenos podemos destacar Campylobacter, bactéria capaz de causar diarreia e, em uma parcela pequena da população, sequelas tais como Síndrome de Guillain-Barré, artrite reativa ou síndrome de intestino irritável.

Dentre os alimentos usualmente envolvidos na transmissão desse microrganismo estão as aves e seus derivados mal cozidos, além de leite não pasteurizado e água não tratada. Nos últimos meses, Campylobacter spp ganhou uma importância ainda maior para a indústria avícola, desde que a União Europeia publicou alteração à Regulamentação (EC) n^o 2073/2005. Esse novo requisito estabelece a enumeração de Campylobacter spp como critério de higiene de processo.

A fim de atualizar o conhecimento de seus associados sobre esse microorganismo, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), juntamente com o SENAI Chapecó, a bioMérieux e outros parceiros, realizou no dia 28 de novembro de 2017 o workshop “Campylobacter na Indústria de Aves”.

O evento contou com a participação de mais de 80 pessoas de diferentes indústrias avícolas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e abordou temas referentes às principais características de Campylobacter, metodologias tradicionais para detecção e enumeração da sua presença em alimentos e impactos das decisões legais no dia a dia das empresas.

A representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) apresentou os resultados parciais dos estudos que estão sendo conduzidos por aquele órgão sobre Campylobater spp em carcaças de aves. A bioMérieux apresentou sua completa lista de soluções para detecção e identificação desse patógeno em alimentos e anunciou o lançamento da nova metodologia de enumeração de Campylobacter spp, com lançamento previsto para 2018, que vai, mais uma vez, facilitar muito a rotina dos laboratórios.